O pivô Manuil, do CETAF Vila Velha, foi julgado nesta terça-feira, 23 de fevereiro, por uma cotovelada em Duda Machado, ala-armador do Flamengo. O jogador do Cetaf/Vila Velha foi suspenso por dez jogos e dessa forma só poderá voltar a atuar no dia 4 de abril, diante do Joinville, em jogo válido pela última rodada do NBB. A decisão ainda cabe recurso ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Basquete, com sede no Rio de Janeiro, e o advogado do clube ainda estudará se o fará ou não.
Sobre o lance, durante o julgamento o pivô disse : "Fui ao rebote e o jogador foi por trás e me deu uma cotovelada. Falei para a arbitragem inclusive. Fui em direção a uma jogada, que era nossa, fiz um movimento brusco e ele foi para o mesmo lado que eu, e aconteceu o que viram”, comentou Manuil, que ainda confessou ter se sentido culpado. “Aqueles três segundos não mostram quem sou eu. Fiquei três dias sem comer e sem dormir, com culpa, arrependido. Chorei em casa, fiz de tudo para ver como estava o atleta, e tentei mostrar pela internet quem eu sou sempre”.
O presidente do Vila Velha, Luiz Felipe Azevedo também prestou depoimento, e inocentou seu atleta: "Foi um incidente lamentável, isolado, que não representa o que é a carreira do atleta. A arbitragem permitiu um contato bastante agressivo e aí incidentes acontecem, se tornam mais sucetiveis".
A defesa do Vila Velha foi baseada na carreira do atleta que, em 12 anos de carreira, nunca havia passado por um julgamento. "Errar é humado, mas mais humano é perdoar quem erra. O Duda não soube perdoar, mas espero que essa comissão o perdoe", disse o defensor.
Manuil respondeu ao artigo 254-A (praticar agressão física durante a partida), inciso I (desferir dolosamente soco, cotovelada, cabeçada ou golpes similares em outrem, de forma contundente ou assumindo o risco de causar dano ou lesão ao atingido), do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). A pena varia de quatro a 12 jogos de suspensão.
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