terça-feira, 23 de março de 2010

Jogos Sul-Americanos- Handebol feminino



O Brasil conseguiu sua terceira vitória consecutiva nos Jogos Sul-Americanos, que estão sendo disputados em Medelín na Colômbia. Jogando contra uma frágil seleção do Paraguai, que viveu dos bons momentos de duas jogadoras durante todo o confronto, nossas meninas não tiveram dificuldades e venceram por 41 a 19.

Na estreia, as brasileiras venceram o Uruguai por 37 a 17 e, no domingo, derrotaram o Chile por 42 a 19. A seleção volta às quadras nesta terça, às 22h (horário de Brasília), para enfrentar as donas da casa. E, na quarta-feira, também às 22h, farão o último jogo contra a Argentina. A partida contra as hermanas é tida como uma final, ou uma revanche.

O sistema de disputa é de todos contra todos - cada vitória vale dois pontos e o empate, um. Os critérios de desempate na classificação geral são o confronto direto e o saldo de gols. A equipe com melhor campanha sagra-se campeã, sendo que os três primeiros colocados garantem vaga nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em 2011, que vale vaga para as Olimpíadas de Londres, em 2012.

O Jogo



1º tempo

A partida começou equilibrada, o Brasil jogava no sistema Dinamarquês de defesa, ou seja, um 6-0 bem fechado, não dando espaços para as infiltrações paraguaias. Por outro lado o Chile fazia uma marcação alta. A marcação falhava bastate, mas a goleira Carmén Diaz fazia sua parte, não deixando o placar dilatar.


Ofensivamente, o Brasil explorava muito os contra-ataques, especialmente com Rosária, Jaqueline e Ana Célia. Já nossas adversárias tinham 2 tipos de jogadas: os arremessos de loga distância da armadora Aluan Nazer(um monstro na partida), ou, em último caso, jogada com a ponta Graciele Diaz, que apesar de errar muito, conseguiu alguns bons gols.

Destaque também para a entrada de Patrícia, a jogadora mais nova do grupo com 17 anos mal pisou na quadra e acertou seu primeiro arremesso, logo em seguida em sua segunda jogada, outro gol. A garota mostrou ter personalidade e muito talento.

O ponto fraco de nossa seleção no primeiro tempo foram as jogadas trabalhadas com as pivôs. Nenhum gol saiu desta forma, no primeiro tempo, nossas pivôs marcaram gols apenas de contra-ataques(muitos por sinal).

2º Tempo
Com uma boa vantagem no placar, o técnico Mourten Soubak decidiu fazer algumas mudanças no esquema do time. Nossa defesa passou a atuar perto da linha pontilhada, ou seja, uma defesa alta para evitar os arremessos de Aluan Nazer. Entretanto a armadora estava numa tarde inspirada e, mesmo muito marcada, comandava seu time, com suas bolas certeiras e suas assistências para a pivô, que marcou seu primeiro gol apenas na segunda etapa. No ataque o Brasil melhorou a distribuição das bolas, usando as pontas e a pivô Regiane, que entrou e foi muito bem.

Vendo que nossa defesa alta não estava bem, o dinamarquês decidiu terminar a "fase de testes"durante o segundo tempo e voltou com a defesa baixa. O jogo já estava definido há tempos, porém notou-se que com a defesa baixa, a pivô e as pontas paraguaias desapareciam e o jogo se concentrava nas mãos de Aluan, que sozinha não conseguia mais grandes jogadas. Mesmo assim, 4 ou 5 ótimas defesas foram feitas por Ariadne, grande goleira brasileira e um dos nomes do jogo. Destaque do segundo tempo para as pivôs Dara, Regiane e Livia, que auxiliaram com muitos gols, especialmente de contra-ataques.

O Brasil sabia que não teria grandes dificuldades, porém o jogo foi muito bom para avaliar que os treinamentos feitos no Paraná deram resultados. O enfoque de Mourten Soubak na fase preparatória foi a defesa e os contra-ataques, os pontos fortes de nossa seleção na partida.
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